Capa da edição desta sexta, 07 de Fevereiro, com a denúncia

O prefeito de Lagoa da Prata, Paulo Teodoro foi denunciado por nomear um servidor contra disposição de lei e por prestar informações falsas ao Instituto de Previdência dos Servidores de Minas Gerais (Ipsemg). Ele teria declarado por três vezes, entre julho e outubro de 2017, que o médico José Eduardo Fernandes Távora já era servidor público municipal, nomeado para cargo em comissão.

Entretanto, como mostrou o Estado de Minas,  o prefeito de Lagoa da Prata nomeou Távora para ocupar o cargo de assessor técnico administrativo na prefeitura apenas em novembro de 2017.

 

A abertura desta matéria foi retirada do site do jornal Estado de Minas, veiculada na terça-feira, 04 de fevereiro. Mas a informação já havia sido disseminada nas redes sociais desde a semana passada.

Esse processo, na verdade, teve início em uma Ação Civil Pública deflagrada pelo promotor de Lagoa da Prata, Luiz Augusto Pena, em Fevereiro de 2017.

(Para ler a matéria, clique nesse link: https://opapel.com/prefeito-de-lagoa-da-prata-respondera-a-mais-duas-acoes-na-justica/).

De acordo com denúncia recebida pelo MP à época, o médico estaria realizando consultas médicas numa policlínica municipal e recebendo duplamente pelo cargo comissionado na prefeitura e pelos atendimentos médicos feitos pelo consórcio público ICISMEP, contratado pela Prefeitura, recebendo ainda por plantões realizados na UPA.

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Denúncia crime

Por ter foro privilegiado como prefeito, Paulo Teodoro não pode ser processado criminalmente pelo promotor de Lagoa da Prata. Essa atribuição então cabe ao Estado e foi o que fez o Ministério Público de Minas Gerais.

A denúncia foi divulgada no dia 29 de Janeiro e informa que “o prefeito contrariou a lei, pois o médico nunca prestou serviços na sede da prefeitura, jamais cumpriu a jornada de 44 horas semanais e não se dedicou exclusivamente ao serviço, pois estaria prestando serviços particulares em Belo Horizonte”.

Conforme explica o procurador de Justiça do MPMG, Cristovam Joaquim Fernandes dos Ramos Filho, “a ilicitude da nomeação estampa-se na medida em que as atribuições mencionadas pelo secretário de Saúde, para o exercício do cargo comissionado a ser desenvolvido pelo médico, na realidade, são todas inexistentes”.

Silencio, como sempre

Já é um comportamento recorrente da prefeitura evitar se manifestar sobre as denúncias envolvendo o município ou o chefe do executivo. Até mesmo o Jornal Estado de Minas, desta vez, informou que o prefeito não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.

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