Um dos símbolos máximos de feminilidade, o salto alto vive um momento de decadência e testemunha a ascensão das rasteirinhas como expressão de uma era em que as mulheres pensam e agem diferente e almejam se apresentar socialmente nos próprios termos.
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“Eu não diria que uso a rasteirinha por ser feminista, até porque não me considero lá muito feminista, mas uso porque me sinto bem mesmo. Para mim não é concebível ficar horas de salto por dia. Tem quem goste, mas eu sou da opinião que mulher nenhuma deveria se sujeitar a isso”, observa a empresária paulista Giuliana Soares, de 32 anos.
Uma pesquisa do portal WGSN, especializado na identificação de tendências, mostra que os sapatos sem salto já representam 41% do total de calçados no País. O levantamento aponta o feminismo como um dos fatores para a ascensão desse calçado e do encolhimento do mercado de salto alto.
A personal stylist Giovanna Salinas credita a mudança de comportamento aos novos padrões e rotinas das mulheres. “O conceito de elegância se diversificou bastante e o salto alto, que era praticamente uma unanimidade, hoje é apenas uma opção. E não necessariamente a melhor”.
Giuliana Soares conta que abriu mão do salto alto há mais de dez anos e não se arrepende. Tênis e rasteirinhas compõem o figurino. “Conforto e elegância combinam e acho que hoje a sociedade está mais consciente disso”.
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Qualidade e preço bom
No embate direto, o salto alto ainda perde da rasteirinha na durabilidade e no preço. Uma rápida espiada na loja virtual da Amazon nos setores de salto alto e rasteirinhas ajuda a entender o porquê dessa revolução já não tão silenciosa.
“As mulheres não vão abandonar o salto alto. Tem um charme e um significado de feminilidade que jamais vão se perder, mas vivemos o momento das rasteirinhas “, conclui Salinas.