Foi divulgado, nesta segunda-feira (27), que a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) privilegiou emissoras que são clientes de uma empresa do secretário, Fabio Wajngarten, na distribuição de verbas da campanha publicitária sobre a reforma da Previdência. As informações são da Folha de S. Paulo .
Leia também: Fenômeno, Billie Eilish monopoliza prêmios no Grammy e desbanca Taylor Swift
Além das emissoras que são clientes da FW Comunicação, de Wajngarten , canais religiosos também foram beneficiados após o mesmo assumir a pasta.
Leia também: A Globo mantém Petrix no BBB 20 depois do público pedir sua saída por assédio
Segundo Folha , antes da entrada de Wajngarten, na primeira fase de publicidade sobre a reforma da Previdência, a Globo nacional, de maior audiência, foi quem recebeu a maior fatia de recursos.
Todavia, após a chegada do atual secretário, a emissora global nacional foi excluída do plano de mídia (documento que embasa a estratégia da ação publicitária e detalha investimentos), mantendo somente praças regionais da emissora.
Assim, concorrentes de menor audiência ficaram com a maior parte da receita. De acordo com a Folha , Record , Band e SBT foram contempladas, respectivamente, com R$ 6,5 milhões, R$ 1,1 milhão e R$ 5,4 milhões, totalizando R$ 13 milhões.
As duas primeiras, mantém contratos com a FW Comunicação. O SBT foi cliente da empresa até o primeiro semestre do ano passado.
Leia também: Jornalista da Globo, Guga Chacra, surge descabelado ao vivo e culpa gelo seco
A legislação vigente proíbe integrantes da cúpula do governo – Bolsonaro ou não – de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática implica conflito de interesses e pode configurar ato de improbidade administrativa, se demonstrado o benefício indevido. Wajngarten nega irregularidades. Procurada pela Folha , a secretaria não se manifestou.