Embora não seja algo recente, o podcast está em alta, tendo uma boa variedade de conteúdo e sendo uma ótima opção de informação e entretenimento. Para quem não conhece, podcast é um arquivo digital de áudio transmitido através da internet que você pode ouvir quando quiser.
Leia também: Coronavírus: séries e realities para maratonar na quarentena
Estamos sofrendo com uma pandemia e a quarentena se torna algo essencial nesse momento, e manter as crianças entretidas também. E foi fazendo uma busca por podcast infantil que encontrei “Me conta uma historinha”.
Lucas Salles (humorista, ator e repórter) sempre quis ser radialista, mas sempre tropeçava na sua “falta de talento”, como o próprio brinca. Conheceu o podcast ainda quando estes eram gravados em ambiente sem acústica, com microfone de qualidade duvidosa e em uma época de internet com menor velocidade.
E só agora, em 2020, decidiu criar três produtos para essa já consolidada mídia. Um deles é o “Me conta uma historinha” que é inspirado naqueles discos de vinil pequenos que continham historinhas curtas que os pais colocavam para as crianças ouvirem na hora de dormir. Eu mesma tive vários.
Leia também: Ricardo Pereira quebra quarentena e aparece com filhos e babá
Convidado por Lucas, o empresário da área fonográfica, Zezinho Mutarelli, embarcou no desafio e, juntos, desenvolveram o projeto em um formato diferente do que encontraram em pesquisas dentro e fora do Brasil. A diferença é que as histórias são narradas, e não somente contadas. A junção das ideias de Salles com a bagagem de Mutarelli sob a inspiração da querida ” TV Colosso ” deram vida ao podcast, que possui 6 personagens fixos que narram as histórias com características, linguagem e personalidades pré-definidas.
Formam o elenco do podcast nomes de alto calibre no cenário cultural nacional, como Rafael Cortez, Lili Fonseca, Diego Menasse, Maíra Chasseraux, Marcelo Duque e Bruno Campos. Lucas fica somente na produção executiva deste podcast, a pedido do próprio, já que diz adorar estar também no backstage de produções em que confia.
Ele também contou que tiveram a preocupação de criar histórias atrativas também para os pais, uma vez que eles serão o elo entre a história e a criança. Então procuram sempre incluir piadas, citações ou outros elementos do mundo dos adultos. Assim, eles também criam gosto pelas histórias ao passo em que entretêm seus filhos com um conteúdo pensado exclusivamente neles.
“Meu desafio, no mundo em que vivemos, é manter a atenção da criança que está acostumada a ‘ver’ somente pelo ‘ouvir’ e que ela crie a imagem do personagem na sua cabeça e que esse exercício lúdico fascine a ela e a todos que escutarem”, torce e cruza os dedos Salles.
Leia também: De quarentena, Gracyanne Barbosa brinca: “O que eu mais faço é comer”
Os roteiros são todos originais (uns baseados em histórias conhecidas, como a Chapeuzinho vermelho), mas sempre recriados, mantendo a proposta do projeto. O público infantil que Lucas visa atingir são crianças a partir dos 4 anos de idade pois, segundo ele, as crianças já possuem um vocabulário criado e um poder de compreensão maior. É ouvir para crer!