Regina Navarro Lins bateu um papo com o editor-chefe do iG , Vladimir Maluf, nesta terça-feira (08). Na conversa, a psicanalista e escritora falou mais sobre seu livro ‘Amor na Vitrine’, da Editora Best Seller , e como, através dele, ela literalmente expõe o amor, tentando se desvenciliar do moralismo. Ela, aliás, vem tentando fazer isso em muitas das lives que faz e revelou que uma das perguntas que mais recebe é sobre o poliamor .
Em sua mais nova obra, Regina aborda o tema e explica, bastante didaticamente, por que as pessoas estão cada vez se interessando mais pelo tema. “Acredito que daqui algumas décadas, 20 ou 30 anos, menos gente vai querer se fechar em ma relação e mais gente vai optar por relações múltiplas”. Para explicar sua tese, a escritora aborda o amor romântico e sua imposição, desde muito cedo, como única forma de amor.
“Contém a ideia de que duas pessoas se transformam numa só, havendo complementação total e nada lhes faltando. Há várias outras expectativas que não se cumprem: não é possível duas pessoas ao mesmo tempo, quem ama não sente desejo físico por mais ninguém, o amado é a única fonte de interesse do outro, que um terá todas as suas necessidades atendidas pelo outro…”, escreve na sinopse da obra.
Perguntada se é contra a monogamia, Regina responde que não, mas que acha, sim, que ela não pode ser imposta ou vista como única forma de amor. “Eu sou contra a monogamia obrigatoria. Porque, na nossa cultura, a monogamia é um imperativo. Eu acredito que se um casal quiser ficar 50 anos junto e só fazer sexo um com o outro, está tudo certo se for espontâneo. Mas também está tudo certo uma mulher ter três maridos!”.
Além da questão do amor romântico como única alternativa e da tendência do poliamor, Regina Navarro Lins também percorre outros caminhos em ‘ Amor na Vitrine ‘, como a sedução e conquista de homens e mulheres (e a dicotomia criada e imposta entre feminino e masculino), a importância da privacidade e individualidade na vida do casal e a ideia de que é impossível ser feliz sozinho.