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Como se esquecer do cigano Igor, personagem da novela “Explode Coração”, exibida originalmente entre 1995 e 1996, que alçou Ricardo Macchi ao estrelato? Impossível! Se você pensa que esse tempo afastado das telinhas ocorreu devido a férias, está muito enganado! Mergulhado em tantos projetos, o intérprete, que é o novo diretor artístico e de programação da emissora paulistana TV8, se diz feliz com a profissão que escolheu. Para quem não sabe, antes de estrear como ator na história de Gloria Perez, o gaúcho foi modelo de sucesso e fez campanhas para maisons importantes, como Valentino e Romeo Gigli. Somam-se a isso mais folhetins na Globo e na RecordTV, participação na segunda edição da “Casa dos Artistas”, no SBT, além de quatro longas, 34 documentários e peças de teatro, em que se consolidou, se solidificou, se reciclou e se reinventou.

Ricardo Macchi
Divulgação/Cínthya Verri

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Preocupado com o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, Macchi sonha em continuar colaborando com o crescimento do país no Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, sigla que se tornou conhecida como um parâmetro de bem-estar da população. Não à toa, investe em projetos de responsabilidade social desde 1996. “Hoje são quatro séries educativas que cuido como filhos: ‘Dinâmica Sustentável’, ‘Professor DNAlien’, ‘Somos Todos Iguais/Deficientes Brasil’ e ‘Grão'”.  E com exclusividade, ele também abre o jogo sobre carreira, mercado, rótulos, estética, vaidade e vida amorosa. “Estou tentando escolher uma mulher para ficar muito tranquilo e formar uma família.” Alguém se habilita? A seguir, os principais pontos da entrevista que Ricardo Macchi concedeu à Coluna Marcelo Bandeira e ao iG Gente.

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Divulgação/Cínthya Verri

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1) Quais eram seus planos profissionais antes da pandemia?

Os mesmos com os quais trabalho hoje: publicidade (um dos filmes que gravei para a rede de combustíveis Ipiranga teve o lançamento postergado devido à Covid-19), conteúdos audiovisuais, teatro e os projetos de responsabilidade social. Continuo transmitindo valores, amor e altruísmo como sempre. Dou o meu melhor, mas sempre haverá os que querem destruir as coisas construtivas, mas não desisto nunca.

2) Qual a primeira coisa que pretende fazer quando a quarentena acabar?

Trabalhar ainda mais para conseguir ajudar na reconstrução do Brasil.

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3) Participaria novamente de um reality show?

Se eu estiver com tempo disponível e receber uma proposta de um produto decente, ainda mais com um cachê que valha a pena, não há motivo para recusar trabalho algum.

4) Você é um ator com experiência em diferentes formatos. Tem preferência por algum?

Não. Gosto dos três formatos: teatro, cinema e televisão, e a minha maior realização é vencer na vida com dignidade e honra.

5) Como tem sido a experiência como diretor artístico e de programação da emissora paulistana TV8?

Dirijo e roteirizo audiovisual desde 1994 e  já passei por todos os formatos existentes. Hoje, tenho apenas alguns produtos no meu núcleo e sinto-me realizado com a responsabilidade de fazer um trabalho humanizador e construtivo.

6) Qual o seu critério para aceitar um trabalho?

Valores. Enquadrando nos meus, a proposta está valendo.

7) Você ainda disputa o título de galã. Lida bem com o passar do tempo?

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O que somos é a colheita do que fomos, e isso nos acompanhará em todos os ciclos da vida.

8) A sua atuação como o cigano Igor, na novela “Explode Coração”, transformou você em ícone pop. O que achou dessa repercussão?

Sucesso é quando dezenas ou centenas de milhões passam a assistir e acompanhar o seu trabalho. Sendo assim, digo que foi uma honra ter um trabalho com grande destaque.

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9) Como foi protagonizar um comercial da Fiat com Dustin Hoffman, fazendo piada de si mesmo?

O melhor da vida é não precisar fazer nada de mal a ninguém. Se tiver de falar algo de alguém, que seja de você mesmo. Mas confesso que foi incrível trabalhar com ele.

10) Você já afirmou ter um pé atrás com a imprensa e que faz questão de avisar que grava a conversa. Está mais de boa ou ainda guarda algum tipo de ressentimento?

Postura é tudo. Já conduta de vida pode ser medida pelo caráter ou pelo desvio dele. Tem de tudo neste mundo!

11) Como são seus cuidados com a estética? É vaidoso?

Saúde vem de dentro, e a estética, de fora, e a minha filosofia é a qualidade de vida! Sou bem realizado com as minhas conquistas e lido muito bem com cada ciclo. Cada vez mais me preocupo menos com beleza.

12) Qual a sua opinião sobre Jair Bolsonaro?

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Uma só: o Brasil tem instituições que não abandonam o velho modelo de fisiologismo, com poderes legislativo e judiciário sabotando o executivo, por não ganharem cargos e verbas do Executivo.

13) Com a experiência que já acumulou, o que considera o melhor ou o pior da fama?

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O melhor da fama, no meu caso, é o fato de nunca ter namorado em troca de trabalho, não ter bebido com ninguém (não bebo nada de álcool), nunca ter usado droga, não ter sido dissimulado com quem quer que seja ou infringido meus valores para conquistar o que conquistei. E com esse histórico ainda receber carinho e respeito de tanta gente, só gratidão!

14) Você já faz novelas há mais de 20 anos. Tem algum tipo de personagem que gostaria de interpretar ou atores com quem gostaria muito de trabalhar?

Gostaria de fazer o capitão Rodrigo Cambará, do livro “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo, que é uma história gaúcha, com narrativa magnífica. Já contracenei com Mário Lago, Laura Cardoso, Paulo José, Nair Bello, Stênio Garcia, Chico Anysio, Rogério Cardoso, Paulo Silvino e Dustin Hoffman, e sou muito feliz por isso.

15) A pergunta que não quer calar: você está namorando?

Não. Estou tentando escolher uma mulher para ficar muito tranquilo e formar uma família.

Fonte: IG GENTE

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