O Dia Nacional da Consciência Negra , realizado em 20 de novembro , é uma data utilizada para a realização de debates e manifestações culturais pelos movimentos negros de todo o país para evidenciar com mais força a situação da população negra do Brasil, que é a mais atinginda pela crise econômica, sanitária e social.
Esta data foi escolhida por causa de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 20 de novembro de 1695. Ele é uma figura de grande importância na luta pela liberdade da população negra do país.
No Dia Nacional da Consciência Negra, confira 13 expressões racistas que você precisa retirar do seu vocabulário. São termos pejorativos que têm relação com a época da escravidão.
+ Inscreva-se no Clube João Bidu e receba conteúdo exclusivo! Basta baixar o app do Telegram no seu celular e entrar neste LINK !
Expressões racistas para você retirar do seu vocabulário
“A coisa tá preta” – É uma expressão racista que faz uma relação direta entre a cor preta com uma situação desagradável.
“Amanhã é dia de branco” – A frase é usada para dizer que o próximo dia será repleto de trabalho. A palavra “branco” tem relação com algo bom e útil, representando que a pessoa branca trabalha com empenho. Por outro lado, palavras como “preto” e “negro” não são associadas com trabalhos, esforços e êxitos. Na época da escravidão, os trabalhos feitos por pessoas negras não eram bem aceitos e valorizados e esse pensamento continua até os dias atuais, sendo propagado por expressões como esta.
“Cabelo ruim” – Além dessa expressão, há vários outros derivados negativos para denominar o cabelo afro. Por muitos anos, os negros negavam seu próprio corpo, pelo fato da sociedade impor que cabelos lisos eram o que todos queriam e que crespo era feio.
“Cor de pele” – Com certeza quando você era criança já ouviu falar que aquele lápis rosa claro era ”cor de pele”. Claro que este tom de cor não representa a pele de todos, principalmente em um país com grande miscigenação como o Brasil.
”Cor do pecado” – Essa expressão é usada como elogio, mas ela pode soar muito racista. Primeiro por estar sensualizando a mulher negra, segundo por utilizar palavra ”pecado” que é algo negativo, principalmente em uma sociedade religiosa como aqui no Brasil.
“Criado-mudo” – É comum chamar o móvel que fica ao lado da cama de criado-mudo. Porém, essa expressão tem relação com a época da escravidão. Além dos escravos serem chamados de criados, uma tarefa que o escravo doméstico tinha era passar a noite inteira em silêncio ao lado da cama do “senhor” segurando um copo de água. Então, em vez de chamar o móvel de criado-mudo, prefira utilizar o termo mesa de cabeceira.
“Denegrir” – A palavra é sinônimo de caluniar, difamar e rebaixar. Denegrir tem o sentido linguístico de “tornar negro”, transmitindo a ideia de ser algo ruim ou vergonhoso, por isso é uma expressão racista.
“Doméstica” – Muitos não fazem ideia do surgimento desta palavra. Os negros eram tratados como animais e precisavam ser ”domesticados”.
“Moreno” – Algumas pessoas acham que em vez de falar ”negro”, pode amenizar o racismo falando ”moreno”, em outras palavras é como querer embranquecer alguém da pele escura.
“Mulata” – Essa palavra era usada na Espanha para se referir aos filhotes nascidos de cavalos com jumentas. Além disso, também remete ao corpo da mulher como uma mercadoria.
“Não sou tuas negas” – Este termo é usado quando a pessoa quer falar que não é alguém que se pode fazer tudo. As escravas eram propriedades dos homens brancos e eram usadas para satisfaze-los sexualmente. Além de racista, essa expressão chega a ser machista.
“Negro de traços finos” – É como se o negro tivesse como incomum, ter traços finos, de estética branca e europeia e por isso é bonito.
“Serviço de preto” – Essa expressão racista é usada para indicar uma tarefa feita de forma errada ou com pouco rigor e precisão. A expressão é um julgamento que o trabalho feito por pessoas negras não é bem executado e que tem um menor valor.
LEIA TAMBÉM:
Dia Nacional da Umbanda: História da religião de origem brasileira