Marcos Paulo Ribeiro de Morais, o Marcão do Povo, nasceu em Minaçu, no interior de Goiás. Ele trabalhou na roça, foi engraxate, vendedor de picolés e jornaleiro antes de virar radialista. Anos depois, chegou à televisão e virou um apresentador polêmico, mas ele rechaça esse título: “Acredito que ninguém sai de casa com a intenção de errar. Quando você está ao vivo para milhões de pessoas, às vezes encontra pessoas que focam nos nossos erros e não em coisas positivas”. Há três anos no SBT, Marcão comanda o ‘Primeiro Impacto’ e tem sido um sucesso na emissora: “Falo o que o povo gostaria de falar”.
Você é de Minaçu, em Goiás, trabalhou no campo como catador de tomates e algodão, depois foi engraxate, vendedor de picolés e jornaleiro. Onde e como apareceu a chance de entrar na área da comunicação?
Sim, trabalhei na roça, catando alho, vendendo panela na feira… Acho que daí que vem a chance e oportunidade da comunicação. No estado do Mato Grosso tive oportunidade em uma rádio AM, depois fui para o estado do Pará trabalhar na rádio e de lá começou minha trajetória até chegar aqui em São Paulo no SBT.
Acreditava que chegaria tão longe? E quais eram os seus sonhos?
Sempre plantei boas sementes e acreditei que colheria bons frutos. Sempre acreditei muito no meu trabalho e estive ao lado de pessoas que pudessem me proporcionar boas experiências.Busquei Deus, busquei qualificação e ser diferente de tudo para me destacar. Sempre tive objetivos, pedi a Deus que me desse uma oportunidade e ele me deu essa chance. Sou muito grato.
A sua carreira tem muitas polêmicas que resultaram até em algumas suspensões e demissões. Você é um apresentador polêmico ou sente que existe uma lente de aumento em tudo que você faz?
Eu acredito que minha carreira tenha muitas polêmicas até porque sempre eu digo que eu falo muito com o coração. Acredito que ninguém sai de casa com a intenção de errar. Quando você está ao vivo para milhões de pessoas, às vezes encontra pessoas que focam nos nossos erros e não em coisas positivas. Não me julgo um apresentador polêmico, apenas tento ser um apresentador verdadeiro. Pode existir uma lente de aumento quando você trabalha em uma grande emissora e todos estão de olho em você.
Como anda o seu processo com a Record?
Não existe processo algum entre Marcão do Povo e a Record e vice-versa.
E o processo de Ludmilla? O que aconteceu? Você se queixou de ter sido julgado sem direito a defesa…
Existe um processo e ele corre em segredo de Justiça. Acredito que no início eu fui condenado sem sequer ser julgado pela Justiça, mas agora terei meu direito de defesa nos tribunais. Acredito que Deus fará tudo da maneira Dele. Acredito muito na Justiça.
Existem fofocas que você é o tipo de pessoa ou ame ou deixe. É verdade? O que pensa sobre isso?
A pergunta já diz tudo… fofoca, né? (risos) Antes de dizer ‘ame ou deixe’, as pessoas precisam conhecer de quem ou do que falam. Mas sou da opinião: o falso tenta agradar todo mundo. O verdadeiro e sincero é difícil agradar… (risos) Talvez eu seja ‘ame ou deixe’ (mais risos)! Pode ser isso aí mesmo…
Como anda a sua relação com os funcionários depois dos boatos de um abaixo-assinado pedindo a sua saída do SBT?
Na verdade, eu sempre tive uma boa relação. Trato a todos com respeito, ando pelos corredores da emissora e sinto muito carinho das pessoas.
E as mudanças constantes de horário e programas no SBT? Te incomodam?
Jamais! Sempre falo que eu sou um soldado e estarei pronto para guerra, não escolho as minhas batalhas. Estou ali para servir ao SBT e ao que meu patrão mandar.
Desde que você assumiu o ‘Primeiro Impacto’, você elevou o Ibope do telejornal em quase 15%. O povão gosta do Marcão? A que credita esse sucesso?
Sou muito grato a todos que me assistem diariamente, que me acompanham em todas as transições. Apresento o programa com muito amor e sentimento no coração. Acredito que o telespectador sente verdade no que expresso, se sente representado e isso faz com que o ‘Primeiro Impacto’ alcance ótimos números. Eu falo o que o povo gostaria de falar!
E o novo ‘Aqui e Agora’? Você vai ser o apresentador?
Se me pagarem o que ofereceram para o Datena… Sim! (risos)
Como é a sua relação com os outros apresentadores? Tem amigos no meio da televisão? Quem são?
Claro! Tenho sim, não só do SBT mas de outras emissoras também. Tenho o Celso, o Ratinho, o Bruno Peruca, o Luiz Ricardo, o SiKêra Jr, o Cesar Filho, o Marcelo de Carvalho e outros mais… Os que eu esqueci… desculpa! (risos).
Você já fez botox?
Preciso urgenteeee!!!! (risos)
Como é o Marcos Paulo, em casa, com a mulher Vanessa e as duas filhas, Maria Fernanda e Izadora Paula?
Gosto muito de ficar em casa. Fazemos tudo juntos. Somos muito ligados.
O que você faz nas horas vagas? O que você faz que ninguém desconfia?
Curto velocidade. Então, sempre que sobra um tempinho eu vou para o kartódromo treinar kart. É como se fosse minha terapia.
O que não pode faltar de jeito nenhum na sua geladeira?
Ah.. Não pode faltar doce… de preferência doce de amendoim (risos).
O que você assiste na televisão?
Futebol, corridas de Fórmula 1, corridas de stock-car e esportes de velocidade. Ah, não pode faltar uma boa série.
Lembro que no início da pandemia, você chegou a comentar que a Covid-19 seria uma gripe. Ainda pensa assim? Perdeu alguém?
Lembro que no início da pandemia eu falei que era só passar o Carnaval que iria começar a pandemia e a crise, coisas que só começam no Brasil depois do Carnaval. Na realidade, a pandemia começou no mundo em dezembro de 2019, mas no Brasil só começou depois do Carnaval. Não podemos esquecer que aqui existe muito interesse político.
Como você tem se cuidado?
Eu me cuido muito bem! Mas sou muito tranquilo, tomo os cuidados. Mas acho que precisamos cuidar também da mente, trabalhar, estar bem com Deus.
Você acredita que depois que essa pandemia passar o ser humano vai aprender alguma coisa? Vai se transformar?
Sim! O ser humano vai ter que aprender principalmente a interpretar melhor todas as situações: voltar para casa e rever a família, rever os pais, os avós. Ver que precisamos e podemos nos dedicar mais à família. As pessoas costumavam falar que não tinham tempo para nada, deixavam os pais ou avós no asilo e iam passear com os cachorros nas praças. Esse tempo foi bom para refletir.