Desde o mês de março desse ano, a Câmara de vereadores permanece fechada ao público, devido a portarias editadas pela então presidente da casa, Josiane Almeida. A medida foi justificada pela necessidade de adotar ações preventivas quanto à disseminação do Corona vírus. Inicialmente nem os próprios parlamentares estavam frequentando o prédio, mas em abril as reuniões presenciais foram retomadas, permanecendo a proibição para o público.
Os vereadores chegaram a apresentar um requerimento – aprovado pela maioria, solicitando a abertura para os veículos de imprensa cobrirem as reuniões – adotando as medidas de distanciamento de segurança, mas Josiane não acatou o pedido e reeditou a portaria no começo de agosto, estendendo o prazo de restrição.
Com a cassação do mandato da presidente, ainda neste mês, uma das primeiras medidas da nova presidente da casa foi alterar a portaria e permitir a cobertura das reuniões. A presidente Quelli Cássia Couto ressaltou que a presença da mídia é importante para garantir a transparência dos trabalhos.
“A decisão de permitir a imprensa participar das reuniões, se deu pelo único motivo de que devemos dar transparência aos atos e decisões tomadas pelos vereadores. Pois todos os assuntos discutidos e votados são de interesse da população e sendo nós escolhidos como representantes do povo, devemos agir com a maior transparência possível. Os órgãos de imprensa são muito importantes e se fazem necessários para este processo democrático”, afirmou a presidente.
Como esse ano haverá eleições, as transmissões das sessões pela rádio ou mesmo pelas redes sociais feitas pelo poder legislativo ficam proibidas, restando aos meios de comunicação cuidar para que as discussões e votações realizadas na câmara cheguem até a população.