No ” Globo Repórter ” de sexta-feira (05), o programa fez uma reedição de um debate histórico exibido pelo programa “Em Pauta”, da GloboNews, com jornalistas negros do grupo Globo, Heral Pereira, Maju Coitinho, Zileide Silva, Flávia Oliveira, Aline Midlej e Lilian Ribeiro, para falar sobre o racismo.
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Uma das principais jornalistas da Globo, Glória Maria não participou por estar se recuperando de um tratamento de saúde, mas fez questão de aparecer no programa diretamente da sua casa. “Eu não pude participar porque ainda estou me recuperando de um tratamento de saúde, um tratamento difícil, mas eu superei. E superei também porque de dificuldades, eu entendo desde sempre. Quem nasce orgulhosamente negro, sabe muito bem o que são obstáculos”, disse ela.
Assim como todos os colegas fizeram, Glória também relembrou um episódio de racismo marcando do qual foi vítima.
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“Racismo é uma coisa que eu conheço, que eu vivi, desde sempre. E a gente vai aprendendo a se defender da maneira que pode. Eu tenho orgulho de ter sido a primeira pessoa no Brasil a usar a Lei Afonso Arinos, que punia o racismo, não como crime, mas como contravenção. Eu fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar, chamei a polícia, e levei esse gerente do hotel aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas ele se livrou da acusação pagando uma multa ridícula. Porque o racismo, para muita gente, não vale nada, né? Só para quem sofre”, relembrou Glória Maria .