Léo Áquila contou que passou por privações enquanto mãe para proteger seus filhos de sofrerem preconceito. A artista transexual disse, em entrevista a Luciana Gimenez, que já estava em processo de transição quando os herdeiros eram pequenos e, por isso, se esforçava para que eles não fossem discriminados.
“Nunca fui buscá-los no colégio, por exemplo. No Dia dos Pais, eu não podia ir porque não queria que ninguém soubesse e os instruí a não dizer que eram meus filhos, e eles nunca disseram”, Léo relembra.
Mesmo tendo que se privar de alguns momentos da vida escolar dos filhos, a jornalista relembra que foi uma conversa com o primogênito que a fez ter forças para seguir em frente. Ela conta que quando o filho mais velho tinha por volta de nove anos ele perguntou se o pai era gay. Léo respondeu que sim e o menino rebateu dizendo que isso não mudaria a relação entre eles.
“Ele falou para mim: ‘Não, porque eu te amo. Então, não importa’. Meu filho me deu a resposta que mudou a minha vida. Aquela resposta foi o que me encorajou para que eu chegasse onde estou hoje, para eu me assumisse, porque ali eu vi que ele não ia me desamparar, não ia deixar de me amar e ia me respeitar”, ela revela.