O corte de alguns exemplares de sucupira no bairro Cidade Jardim, no local conhecido popularmente como “caminhozinho das árvores”, tem suscitado a discussão na comunidade sobre a preservação de algumas árvores antigas e de grande porte.
Em conversa com os responsáveis pela intervenção, fomos informados de que a supressão tem objetivo de permitir a construção de um novo loteamento na área, mas que, de acordo com a V8 Loteadora, empresa que está à frente do empreendimento, a maior parte das árvores será preservada.
“O novo loteamento, que inclusive leva o nome Sucupira como tema, terá uma área verde com mais de vinte mil metros quadrados, preservando mais de oitenta por cento das árvores que existem no local”, explica Mirian Basilio, responsável pela Agro Ambiental, empresa que desenvolveu o projeto urbanístico do empreendimento.
“O projeto já tramita há cinco anos nos órgãos responsáveis pela aprovação, tendo atendido a todas as exigências, desde a realização de estudos impactos ambientais – a cargo do engenheiro Fernando Sasdelli, até soluções ideais de esgotamento sanitário e abastecimento de água junto ao Saae”, continua.
O terreno pertence às irmãs Ana Lúcia e Heloísa Lobato, que há alguns anos recebem solicitações para urbanizar a área. Em parceria com a V8, elas decidiram então construir o novo loteamento, já preconizando a exigência de que as árvores fossem preservadas, reduzindo ao máximo a necessidade de supressão.
Corte de árvores
A remoção de algumas árvores para a construção do loteamento tem gerado o descontentamento dos moradores próximos e resultado em postagens nas redes sociais, temendo pelo fim do aglomerado de sucupiras.
A V8 explica, entretanto, que as árvores que foram retiradas foram as que estavam no alinhamento das ruas já existentes no traçado da cidade. A Avenida Getúlio Vargas, por exemplo, terá continuidade do centro até a praça das sucupiras, sendo a mais próxima da área verde do loteamento.
“Nós compreendemos o sentimento das pessoas com relação às árvores que tiveram que ser cortadas, na verdade também sentimos muito ter que fazer essa supressão, mas ela se dá pela necessidade de manter o traçado das vias públicas e, em contrapartida, será implantada uma praça no bairro com área de 13 mil metros quadrados, sendo que a maioria das sucupiras vai permanecer”, conclui a engenheira.
O loteamento também foi aprovado pelo Conselho de Defesa do Meio Ambiente – Codema, em sua etapa final. A comercialização dos lotes ficará a cargo da Urbaniza Imobiliária.