Geraldo de Almeida disse que não vai faltar remédio na farmacinha

Geraldo de Almeida explica porque estava ocorrendo atraso na compra de medicamentos

 

O secretário municipal de saúde de Lagoa da Prata, Geraldo de Almeida, garantiu ao editor do Jornal O PAPEL, nesta quinta-feira, dia 16 de Junho, que o abastecimento de medicamentos na Farmácia Municipal deverá ser regularizado com a mudança do sistema de compras. “Nós recebemos essa semana 596 volumes de medicamentos”, comentou. “Isso implica em aproximadamente em 150 a 200 mil caixas de medicamentos, a serem distribuídos à população”, continuou. Segundo Geraldo, a falta de remédios na chamada farmacinha da Prefeitura foi decorrente do sistema de compras, feito em conjunto com o estado.

“É uma demanda que nós, prefeitos e secretaria de saúde vínhamos cobrando do estado, que estava atrasado na entrega desses medicamentos, porque essa compra, ela era centralizada no estado. O recurso do município ficava nas mãos do estado, que era responsável por comprar para todos os municípios e distribuir. Nós recebemos essa semana esse volume de medicamentos e nesse momento a farmácia está abastecida e estamos atendendo lá uma média de 400 pessoas por dia”, explicou o secretário.

Atraso na compra dos medicamentos

“O financiamento da atenção farmacêutica é tripartite: parte do governo federal, parte do governo estadual e parte do município”, explica Geraldo. ”O que acontecia, esse recurso era centralizado nas mãos do estado. Então desde dezembro do ano passado, a Secretaria Municipal de Saúde, atendendo a orientação do prefeito, e houve uma mudança na legislação permitindo os municípios que quisessem se desvincular do estado, esse recurso ficasse vinculado ao município, porque na verdade esse atraso é recorrente, ele vem há vários anos, o estado não consegue cumprir a programação de entrega e além disso não entrega o volume programado, que a gente espera, então gera um transtorno muito grande. Você está esperando receber 30 mil comprimidos de um medicamento e o estado manda dez. Até o município fazer uma licitação para comprar novamente com recursos próprios isso leva tempo, devido aos trâmites burocráticos”, continua.

A partir do mês de Abril desse ano, esse recurso passa a ser vinculado ao município, sendo que o município apenas adere a uma ata de preços do estado, mas o fornecedor passa a entregar direto para o município, que é quem gerencia esse recurso financeiro.

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“A partir das próximas compras nos já faremos isso diretamente, já aderindo a essa ata de preços do estado, mas recebendo já direto dos fornecedores. Eu creio que com essa medida que nós tomamos, nós vamos a partir de agora evitar esse desabastecimento”, assegura.

“Os prefeitos Paulinho e Roberto tem dado muita atenção a essa questão, porque além dos recursos do estado, nós temos colocado recursos próprios do município até em outras proporções, porque às vezes o valor que o município tem que contribuir para que o estado adquira determinado medicamento é depositado regularmente, e às vezes a gente tem que usar mais recursos para comprar aquilo que às vezes já estava programado para o estado entregar e não entregou”, conclui o secretário. “Então é uma oportunidade da gente gerenciar melhor esse recurso financeiro e evitar esse desabastecimento dos medicamentos que compõem a lista de atenção básica”.

 

Medicamentos de alto custo

 

Vereador Nego questiona se entrega está sendo feita por profissional habilitado
Vereador Nego questiona se entrega está sendo feita por profissional habilitado

 

Na reunião da Câmara da última segunda, o vereador Nego da Saúde questionou, através de requerimento, como está sendo feita a entrega dos medicamentos de alto custo pelo município. De acordo com o vereador, é necessário que um profissional qualificado faça a dispensa para orientar o paciente sobre o uso correto. O Secretário de Saúde explicou o que está acontecendo.

“O medicamento de alto custo hoje não está funcionado junto com a farmácia municipal. É uma outra farmácia, separada por questão de espaço. Lá nos temos uma farmacêutica, uma auxiliar e uma estagiária de farmácia, que são pessoas treinadas e preparadas para fazer essa entrega”, disse. Entretanto, segundo o secretário, a participação da prefeitura nesse processo é de apenas facilitar a entrega pelo estado aos pacientes. “Lembramos que no caso dos medicamentos de alto custo, a responsabilidade do município é apenas de transportar e entregar esse medicamento. O medicamento é fornecido pelo estado, nós pegamos essa documentação com os pacientes e levamos para Divinópolis. A farmácia do estado em Divinópolis entrega esses medicamentos já em envelopes com todas as orientações para que, chegando aqui no município, a gente apenas passe esse medicamento para o usuário. A intervenção do município nesse caso é apenas como um portador, tanto que o próprio usuário tem que passar uma procuração para que o funcionário da prefeitura possa retirar esse medicamento em Divinópolis”, explicou. “Isso é para evitar que todo usuário de medicamento de alto custo tenha que ir a Divinópolis para buscar essa medicação. Entretanto essa entrega do medicamento é acompanhada pela farmacêutica e ainda mais duas funcionárias no setor onde funciona”, garantiu o secretário.

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