No início da tarde da última sexta-feira (10), Leandro Narloch foi cortado do estafe de jornalismo da CNN Brasil após ter usado o termo “comportamento promíscuo” para se referir a homens gays . O jornalista se pronunciou sobre a decisão da emissora em seu Twitter, afirmou não ser homofóbico e fez alerta à cultura do cancelamento .
“A cultura do cancelamento me pegou”, começa em um pronunciamento feito no Instagram, replicado em seu perfil no Twitter. Ele lamenta pela decisão da CNN após “polêmica”. “Não sou nem fui homofóbico, tenho horror a homofobia e concordei explicitamente com a doação de sangue por homossexuais”, escreveu.
A demissão aconteceu após má repercussão de sua fala opinando sobre a medida. Ele usa o termo “opção sexual” para se referir à orientação sexual de homens gays e relaciona pessoas que não estão em um relacionamento estável como “promíscuas” por poderem ter mais de um parceiro sexual.
A CNN Brasil achou que seria uma boa ideia colocar o Leandro Narloch pra comentar a liberação de gays para doar sangue pelo STF. Aí ele falou essa bobagem aí. pic.twitter.com/l8k2clJWML
— Gabriel Vaquer (@bielvaquer) July 8, 2020
Narloch afirmou preocupação quanto à chamada cultura do cancelamento. “Me preocupa o clima da sociedade de hoje, em que é impossível discordar até mesmo de termos ou terminologias sem causar histeria, sem que o outro lado seja considerado um monstro que precisa ser banido”, disse.
Triste notícia. E triste a histeria que pequenas discordâncias causam hoje em dia. pic.twitter.com/dUBnTMuS4F
— Leandro Narloch (@lnarloch) July 10, 2020
O jornalista afirmou que está nos seus planos futuros iniciar um curso sobre cultura do cancelamento na tentativa de “preservar a diversidade ideológica e a liberdade do debate”.