Na manhã de quarta-feira (03/06), policiais realizaram uma operação em Lagoa da Prata que resultou na prisão de dois suspeitos envolvidos em crimes de informática. A operação foi comandada pelo Dr. Alexandre, delegado da DCRI – Delegacia Crimes de Informática – titular do caso, ligada ao DEIC – Departamento Estadaual de Investigações Criminais do Rio Grande do Sul.
O crime teve origem com as enchentes no estado gaúcho, quando diversos golpes começaram a surgir, relacionados a doações. Em um desses golpes, o mentor do crime criava uma página na internet e anunciava a doação de antenas de internet via satélite para o estado. As vítimas eram instruídas a pagar o frete para receber as antenas, que na verdade não existiam.
Modus Operandi
O titular da operação pontua que o mentor do golpe – residente em Lagoa da Prata, criou uma página na internet para realizar a fraude, utilizando dados de pessoas de São Paulo e também de Lagoa da Prata. As vítimas depositavam o valor do frete em contas bancárias controladas pelos criminosos, na esperança de receber as antenas, que nunca chegaram.
Investigações e prisões
O poder judiciário determinou a prisão de dois indivíduos de Lagoa da Prata e um de São Paulo, todos envolvidos no recebimento dos valores fraudulentos. O delegado destacou que o mentor do golpe, além de residente de Lagoa da Prata, havia ganhado diversos prêmios de empresas pelas receitas geradas, todas provenientes de golpes semelhantes.
As investigações começaram em maio, logo após as primeiras notícias das enchentes no Rio Grande do Sul serem divulgadas nas redes sociais. A força-tarefa do DEIC foi designada para monitorar os golpes relacionados às doações.
Impacto financeiro
O valor exato das quebras bancárias ainda está sendo apurado, mas o Dr. Alexandre afirmou que o golpe já levantou mais de 1 milhão de reais. Além desse golpe específico, o mentor está sendo investigado por outros crimes na internet, onde as vítimas eram induzidas a pagar pelo frete de produtos inexistentes.
Fase seguinte
O mentor do golpe exerceu o direito constitucional de permanecer calado, mas o policial afirma que os materiais apreendidos com autorização judicial, comprovam sua autoria nos crimes.
A investigação seguirá para a segunda fase, que avaliará se houve atuações em outros estados além de Minas Gerais e São Paulo.