O Mozart certa vez foi em Iguatama. Ele e o profeta. O Mozart foi ser locutor numa festa. Levou o Profeta pra tocar violão pra ele cantar. Chegaram meio atrasados e armaram com muita pressa o microfone, o som, o banquinho, o violão… tudo no jeito. O Mozart fez a locução do aniversário, coisa fina… Cantou até de madrugada. O pai da aniversariante gostou muito, pagou, deu gorjeta. Disse que só não gostou mesmo foi do Mozart conversando “um monte” no ouvido dela e chamando a mulher dele pra dançar…
Eu gosto do Dr. Robson. Ele é um cara muito bonito. Cara educado. Eu gosto de cara educado! China (Heleno Nunes), padre Antonio D’Simoni, o Chico, tudo cara educado…
Eu sempre gostei de crente. Crente são pessoas bacanas, bonitas. Sempre admirei. Olha lá aquele Pastor, o (…) Anízio, isso. Gostava muito dele. Pastor Villarinho. Esse pessoal eu sempre admirei.
Eu sou um cara noturno. Na noite tudo fica mais bonito, mais claro. As mulheres ficam mais bonitas, a cerveja fica mais gelada, o tempo passa mais devagar. O dia tinha que ser noite, pra noite ficar maior…
Uma vez o Profeta me disse que tinha parado de fumar. Que a mulher dele estava grávida e que ele tinha parado de fumar. Me deu o isqueiro de presente, aquele de latinha… Ele falou que comprou em Campestre, que era coisa fina. Mas o isqueiro era o mesmo que o “Zé Tem Tudo vendia”. Mas presente é presente. Pode ser chinês, mas é presente.
Eu fui o primeiro “Black Power” de Lagoa da Prata. Os outros eram imitação minha. Eu fui o primeiro a ir no Clube Lagoense de Black Power, calça boca de sino, camisa fina de seda e sapato de camurça. O Vicente ‘Cassetete” me tirou do baile duas vezes. Na terceira vez que ele me colocou pra fora me deu muito conselho. Pensa num camarada educado!
Eu comprei um perfume só porque o Alisson também usava. O “Lilinho” entende de perfume!
Pede o Marcone pra beber cerveja. Fala com ele pra beber. Ele tá com aquele mesmo copo desde ontem!… (o Mozart dormiu na casa do Chico. A festa acabou lá por volta das três e recomeçou às 10 da manhã. O Mozart acordou, viu o Marcone no balcão com um copo na mão servindo as pessoas e soltou esta pérola).
A maior besteira que a pessoa comete é casar de novo. Ninguém é obrigado a cometer o mesmo erro duas vezes.
Um dia eu cantei a música Roberta lá na Praça de Eventos. O Chico mandou parar a música por causa da mulher dele. É que antes tinham me pedido pra cantar para o Chico essa música. Uai, não entendi. Mandaram cantar e depois o Chico mandou parar… E eu ali, caprichando, pensando que o Chico tava gostando da música… Dormiu no sofá mais de uma semana…
Eu sou um cristão ‘meia boca’. Fico com as partes boas do evangelho e ignoro a parte que “não poder beber, fumar, nem fornicar”… Coisa boa é fornicar… Quem nunca fornicou que atire a primeira pedra.
Eu penso em ir na igreja dos crentes sempre. Não fui ainda porque eu vejo tanta sacanagem desses pastores aí… Tem um tal de Oscar que me deve até hoje. E não paga porque não quer… Esses dias ele trocou de carro que eu vi. O João Mentiroso passou aqui, mandou dar uma garibada porque era pra entregar pra esse pastor…
Eu dizia que era para ter paciência, que paciência era uma coisa boa. Na verdade, paciência é uma enrolação. Quanto mais cedo você se livrar daquilo que te incomoda, melhor.
A música chama-se Roberta. O Chico gosta que canta. Mas quando chega na metade da música manda parar. Parece alguma coisa com a mulher dele, porque quando ele está longe dela, pede pro Profeta tocar essa música no violão.
Eu não me casei novamente por opção não. Foi por falta de mulher mesmo.
Outro dia recebi um sermão de um polícia. Preferia ter tomado a multa. Perdi um tempão e hoje de manhã estava cometendo as mesmas infrações. Sermão quem dá é padre. Outra pessoa dar sermão nos outros é pura perda de tempo.
O Profeta ficava na porta do hospital só pra ver aquela enfermeira morena, bonita, passar. Disse que era pra dar um ‘oi’ pra irmã dele no Pronto Socorro, mas é mentira. Fica é de olho na morena mesmo, pois vai ao hospital até quando a irmã dele tá de folga.
O Canarinho foi o melhor motorista que a Nossa Senhora do Carmo (Empresa de ônibus) já teve. Ele andava devagar mas era um excelente motorista.
Você acha que foi a toa que Cristo ficou solteiro? Não foi. Logo Paulo, um dos maiores estudiosos da Lei Judaica, aconselhou a todos que ficassem solteiros. Ora, Paulo, ao longo de toda uma trajetória, de estudos e mais estudos, recomenda que as pessoas permanecessem como ele vivia, solteiro… E aí você se casa? Aí é muita burrice. Tá aí: você é burro!
Meu pai chamava cigarro de “pito”. Dava vergonha fumar perto dele. Mas ele nunca disse nada pra mim. Parei de fumar por causa do nascimento do meu filho. E nunca mais voltei. É difícil, mas se você quiser parar, você para (Isaias).
O Profeta detestava cerveja. Bebia só por causa do Chico. A mulher dele bebia e ele já ficava aflito. Sabia que era confusão na certa. Ela ficava chata demais.
Viajar é bom demais. Se for com gasolina dos outros, melhor ainda.
Eu fui amigo do “Bustião”. Aquele mesmo que ficava em cima do muro olhando pela janela do banheiro, as meninas do “Bambuzinho”. Até que o Vicente tampou a janela com um “feltro preto”, fosco. Não dava pra ver nada.
Eu peguei o óculos do Alair do Oeste Estrela Clube. O policial do choque teve uma confusão com o Alair e o pessoal do clube. Só sei que o óculos dele ficou na minha mochila muito tempo. Queria trocar o óculos por entradas grátis no dia que o “14 Bis” teve aqui mas o “Grupo Nós” é que tava fazendo show no dia. Não ganhei ingresso. E o Alair ficou sem o óculos (Isaias).
O Gerê ficou sabendo que a namorada dele, a Maísa, tinha ido para Belo Horizonte pra conhecer o shopping. Ele não sabia o que era shopping e foi lá na Maria das Graças (advogada) perguntar pra ela o que era. Achou que ela tinha ido “tomar chopp”. Brigou e a Maísa terminou com ele e nunca mais voltou. A ignorância às vezes castiga (Chico).
Uma vez vi o Lucão (ex-prefeito, in memorian) dançar “na boquinha da garrafa” numa festa lá no Umuarama. Chutou a garrafa, caiu… Fiquei fã do Lucão depois desse dia. Ele era muito simples (Alisson, Lilinho).
Histórias que o povo conta…
IJR/