O dia 17 de dezembro marca o Dia Mundial de Luta Contra a Violência Contra as Profissionais do Sexo, luta que mobiliza diversas associações e sindicatos que representam essas mulheres, em uma busca por direitos e conscientização da população acerca das questões enfrentadas por essa classe de trabalhadoras.
A Articulação Nacional de Profissionais do Sexo (ANPROSEX) foi criada para dar mais forças a essa luta. “Queremos que nós e nossas companheiras tenhamos acesso à saúde integral, direitos trabalhistas ou ao menos possamos discutir o que queremos de direitos entre nós, sem a invasão de terceiros que acham que podem falar sobre a nossa realidade”, diz Duda Ferrarini, coordenadora adjunta da ANPROSEX.
Para a data de hoje, a ANPROSEX quer reiterar a necessidade de uma legislação que garanta direitos para as trabalhadoras sexuais. “A ação desse ano vem em uma proposta diferente: para que diminua mais e mais a violência contra nós trabalhadoras sexuais, é indispensável direitos reconhecidos para a nossa classe. O #LoucasPorDireitos nos traz a possibilidade de falar abertamente quais direitos queremos, quais as nossas demandas”, diz.
Ferrarini completa: “A partir dessas reivindicações, ficará mais fácil saber quais direitos queremos, sem que seja necessária a interferência de pessoas que pouco ou nada sabem sobre o trabalho sexual no Brasil”.
Com o objetivo de oferecer algum suporte no dia a dia das mulheres que trabalham com sexo, a ANPROSEX coordena ações como distribuição de cestas básicas, materiais que garantem a segurança do trabalho (como camisinhas).
Atualmente, na pandemia, também estão sendo feitas distribuições de máscaras de proteção, álcool em gel e as ações passaram a ser majoritariamente virtuais — com lives, seminários online etc. A articulação é composta inteiramente por trabalhadoras sexuais que passam a serem vinculadas por meio de indicações e convites.