Em entrevista à Fábia Oliveira, Zezé di Camargo confessou que votou no presidente Jair Bolsonaro e que “votaria novamente no Bolsonaro sem sombra de dúvidas”, mas ele acredita que o político deveria pensar mais no que diz e que ele sempre está com mania de perseguição. “Isso me preocupa muito”, avaliou.
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Questionado sobre a pressão que os artistas estão sofrendo para se posicionarem politicamente, Zezé di Camargo acredita que o “ele não” adotado por alguns foi “uma coisa absurda”.
“A gente tem que ter muito cuidado nesses posicionamentos, porque nem sempre o povo concorda com aquilo que você está pensando e quando você coloca isso com muita força, tipo um cabo de guerra, como aconteceu com ‘ele não’, o que o cidadão pensa: ‘puxa… esses caras têm a vida boa, ganham muito dinheiro, são artistas, vivem bem, aparecem na televisão, a vida está fácil para eles’ e aí acabam virando contra. Tomei uma posição, na época da eleição, a favor do Bolsonaro, porque eu não concordava com as coisas que estavam acontecendo no Brasil nos últimos anos, com os últimos governos. É bom lembrar que eu apoiei o governo da esquerda, apoiei o Lula e fiz até campanha porque acreditava na mudança da política, da estrutura, mas a gente não tem bola de cristal e não dá para adivinhar. A gente apoia acreditando que vai ser melhor para o Brasil e aí depois a gente tem uma surpresa desagradável”, disse.
O cantor disse que apoia o presidente, mas tem algumas ressalvas. “Acho que está um pouquinho perdido nesse momento de pandemia, mas tem muitas pessoas que querem tirar proveito dessa situação. Quanto pior, melhor e isso nos deixa preocupado.”
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Quanto ao trabalho de Regina Duarte e o apoio à classe artística Zezé di Camargo preferiu se esquivar. “Não tenho a mínima condição de avaliar o desempenho da secretária da Cultura, a Regina Duarte , e não tenho como opinar o que ela está fazendo ou não porque não me inteiro. Eu sou de um gênero musical que independe muito, que caminha pelas próprias pernas e então me considero um artista privilegiado. Falar de um assunto que você não tem conhecimento seria leviandade da minha parte, apesar da minha área ser cultura. A música é arte, a música é cultura, mas a gente não convive muito com essa parte do governo. A gente, que eu falo, é o sertanejo em geral.”