O documentário “Audrie & Daisy”, disponível na Netflix, foi inspirado na história de Daisy Coleman que, nesta terça-feira (5), aos 23 anos, se suicidou, segundo informado por sua mãe, Melinda Coleman. A jovem recebeu ataques após denunciar um estupro aos 14 anos, tendo sido xingada de “mentirosa”, “vadia” e “idiota”. E os ataques não ficaram apenas nas redes sociais: a casa de sua família foi incendiada.
“Minha filha, Catherine Daisy Coleman, se suicidou ontem à noite”, escreveu Melinda. “Ela era minha melhor amiga e uma filha incrível. Acho que ela queria mostrar que eu poderia viver sem ela. Queria poder ter curado sua dor. Ela nunca se recuperou daquilo que aqueles garotos fizeram com ela, e não é justo. Minha garotinha se foi”, disse em postagem.
Em 2012, Daisy relatou ter sido estuprada por Matthew Barnett, um adolescente de uma influente família que vivia na mesma cidade que a jovem — Missouri, Estados Unidos. Ele se declarou culpado, mas alegando que o sexo com Daisy foi consensual.
O caso ganhou repercussão e a família de Daisy acabou sofrendo retaliações nacionais. Desde então, frequentemente sofrendo bullying, ela tentou tirar a vida várias vezes, até se tornar uma ativista e exemplo para outras mulheres que sofreram o mesmo.
Além de Daisy, o documentário da Netflix, lançado em 2016, também conta a história de Audrie Pott, de 15 anos. Audrie, que também foi estuprada por um homem que considerava seu amigo, também sofreu ataques na comunidade onde vivia e teve suas fotos sofrendo a violência espalhadas pela internet.