Essa coluna acompanhou a live em que Dani Suzuki disse ter sido dispensada do papel de protagonista da novela “Sol Nascente”, de Walther Negrão. Pois bem. A gente traz agora, para os nossos seis leitores, os detalhes dessa história que é maior do que se pensa.
Conversamos com alguns atores e diretores que trabalharam na novela e vamos aos fatos que descobrimos. O primeiro é que a ordem para troca de Dani veio de cima: nem autor, nem diretor tiveram qualquer participação. A esfera mais alta da emissora não acreditava na atriz para segurar a audiência do horário e queriam um nome forte. A primeira opção para seguir com o papel foi Isis Valverde, mas a atriz sofreu forte rejeição de outro ator da novela. Não por culpa dele! A pressão veio de dentro de casa. Mais precisamente da mulher do ator, que não queria ver seu marido fazendo par romântico com Ísis – na época, havia acabado de acontecer a suposta história de amor entre Cauã Reymond e Isis, que teria culminado no fim do casamento do galã com Grazi Massafera. Para não perder o ator, a emissora resolveu abrir mão de Isis. Foi então que Giovanna Antonelli entrou na jogada.
A atriz estava de férias e não pretendia atuar tão cedo – ela havia acabado de sair de “A Regra do Jogo”. Gio foi consultada pelo marido, o diretor de novela Leonardo Nogueira, sobre a possibilidade de protagonizar a trama das 18h. Como santo de casa não faz milagre, Leonardo recebeu um grande “não” da mulher. A justificativa foi que, entre o término de uma novela e começo das gravações da outra, Giovanna teria apenas 20 dias de descanso. Eis que entra na jogada Silvio de Abreu, que ligou pessoalmente e convenceu Giovanna a aceitar o papel. Como? Não sabemos, mas sabemos outros detalhes da trama.
O papel de vilão estava vago e os atores consultados não sentiram vontade de participar do folhetim. Foi então que o nome de Rafael Cardoso apareceu na jogada. Lá foi Leonardo Nogueira novamente tentar convencer outro ator, mas Rafael estava reservado para trama de Glória Perez, “A Força do Querer”, onde daria vida a Rubinho, par romântico de Juliana Paes na novela em horário nobre. Claro que o ator, depois de dois sucessos na faixa das 18h, queria estar no horário nobre da emissora. Ainda mais como um dos protagonistas masculinos. Mais uma vez, Silvio de Abreu entrou em ação e, após falar com Glória Perez – que ainda tentou barrar a saída do ator, sem sucesso -, o diretor de dramaturgia foi conversar longamente com Rafael. Ele prometeu ao rapaz que, se fosse para trama das 18h, lhe daria um polpudo aumento e outras oportunidades, além de regalias na emissora. Rafael aceitou e assim se formou o trio de “Sol Nascente”, novela que foi péssima de audiência e repercussão. Os três atores se arrependeram de fazer a novela antes mesmo de ela acabar.
Na verdade, a única pessoa que se deu bem nessa história toda foi Emílio Dantas, que ganhou a oportunidade de seu primeiro protagonista com a saída de Rafael de “A Força do Querer”. O papel o alçou ao estrelato e ao primeiro time de atores da Globo.