A lagopratense Núbia Soares, recordista brasileira do salto triplo, superou uma jornada de dois anos e meio enfrentando dores crônicas no pé direito causadas por neuropatia crônica no tendão de Aquiles. Mesmo com esse desafio, a atleta de 27 anos, que participou das últimas duas Olimpíadas, está de volta aos treinos e almeja grandes conquistas no atletismo.
A atleta, que possui resultados expressivos na carreira, incluindo um recorde brasileiro em 2018 (14,69 m), mudou-se para Guadalajara, Espanha, em busca de uma estrutura de treino adequada. Sob a orientação do renomado treinador cubano Ivan Pedroso, Núbia alcançou feitos notáveis, mas os dois anos e meio de dores crônicas a afastaram das competições em 2022 e 2023.
Apesar dos desafios, Núbia manteve a determinação. Casada com um espanhol, ela continua morando e treinando em Guadalajara. Após a perda de patrocínio, inclusive do Barcelona, e mudanças na equipe de treinamento, agora sob a orientação de Luis Felipe Meniz, Núbia busca fortalecer-se para retornar às competições.
Em seu relato, Núbia compartilha sobre o período difícil: “Eu tenho neuropatia crônica. Então, era dor no tendão de Aquiles o tempo todo. Acordava com dor e dormia com dor. O problema é que o salto triplo não admite dor. Demorou dois anos e meio para passar, dois anos e meio doendo o dia inteiro, mas passou.”
Apesar das adversidades, a atleta, que financia sua carreira com parte do pé de meia feito na Espanha e o apoio da Marinha, está confiante: “Eu gosto de competir. A sensação que eu tenho na pista é maravilhosa, e acho que eu tenho muito para dar para o atletismo. Eu ainda estou com 27 anos, pretendo fazer as Olimpíadas que vem e a seguinte. É um processo, e eu tenho que ter a cabeça no lugar e seguir em frente, porque eu sei que eu posso saltar.”
Fonte: UOL
