Neste Carnaval, o fenômeno que arrasta multidões no Carnaval de rua de Salvador chamado Banda Eva comemora 40 anos. Para marcar a data, Felipe Pezzoni , líder do grupo quer “abalar como seja for”, como diz uma das canções recentes do grupo.
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A apresentação do Bloco Eva em Salvador acontece na sexta (21) e no sábado (22) de Carnaval. A Pipoca da Eva, a versão gratuita da festa, sem abadá e cordão, estoura na quinta (20). Em São Paulo, a Banda Eva desfilará antes do Carnaval, no dia 15 de fevereiro, com o nome Bloco Beleza Rara em local ainda indefinido. No ano passado, reuniu um milhão de pessoas no Brooklin, na zona sul da cidade.
Boom!
O Carnaval de rua da capital paulista tem crescido exponencialmente. Neste ano, terá número recorde de blocos e cordões desfilando, 55,5% superior aos cadastrados no carnaval de 2019. São 865 blocos e cordões inscritos para 960 desfiles, de acordo com a prefeitura, o que indica que o carnaval de rua de São Paulo pode se tornar, em 2020, o maior do país. Ao menos nos números.
Questionado sobre isso, Felipe não acredita a possibilidade de um dia o Carnaval de São Paulo superar o da Bahia. “A verdade é que Carnaval tem crescido no Brasil inteiro, em Belo Horizonte, Brasília e muitos outros lugares. Mas acho que nenhum Carnaval vai conseguir superar o de Salvador. A gente já faz há muitos anos, sabe como faz”. O baiano explica a receita: “o nosso formato é muito diferente de qualquer outro lugar, essa questão de ter muitas opções, camarote, bloco, pipoca. Isso é uma coisa muito nossa”.
É pique!
Felipe espera que o show da Banda Eva no Circuito Barra Ondina de Salvador seja marcante mas guarda os detalhes a sete chaves: “Terá toda a magia e a alegria da Banda Eva só que ainda mais especial. Todo mundo vai estar com essa energia, com essa vibração de comemoração, de celebração desses 40 anos. Vai ser inesquecível. Um momento único em nossas vidas, em nossas carreiras e na história do Eva”.
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A Eva é dona de vários hits como me “Me abraça e Me Beija”, “Leva eu”, “Beleza Rara” e já revelou feras da música como Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Emanuelle Araújo, Ricardo Chaves e Saulo Fernandes. “É uma instituição que tem extrema relevância para o Carnaval como um todo. Sempre foi essa escola de vanguarda”, explica.
Além de Ivete, Felipe admira muito Durval Lelys, vocalista e guitarrista do Asa de Águia, que também já liderou a Banda Eva na década de 80. E, claro, todos os outros artistas que participaram do seu último DVD, o de 40 anos da Banda Eva. Entre eles, Wesley Safadão, Léo Santana, Mumuzinho e Tomate.
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Do time de vocalistas que passaram pela Banda Eva apenas Durval Lelys e Ivete Sangalo participaram do DVD de 40 primaveras. Um detalhe mostra o astral de Felipe. Ele diz que não gosta de artistas que não são gente boa. Mesmo se o sujeito for talentoso, mas aprontar alguma, ele para de apreciar o som da pessoa. “Admiro muita gente, mas se não for profissional e pessoal, não acontece. Tem que ter os dois. Admiro o artista, cantor, mas quando não tem o outro lado, perco a admiração. Acho que uma coisa completa a outra”, conclui.